PFAPA: Entenda a Febre Recorrente que Afeta Nossos Pequenos

Para as mães e pais que enfrentam febres inexplicáveis e recorrentes em seus filhos, a sigla PFAPA pode ser a chave para entender o que está acontecendo. PFAPA, ou Síndrome de Marshall, é uma condição inflamatória benigna e autolimitada, mas que causa grande preocupação e desconforto para as famílias.

O que é PFAPA?

PFAPA é a sigla em inglês para Febre Periódica, Aftas Orais, Faringite e Adenite Cervical. É a causa mais comum de febre periódica na infância e, embora não seja perigosa, seus episódios podem ser bastante debilitantes e repetitivos, durando de 3 a 7 dias e retornando em intervalos de 2 a 8 semanas.

Características e Sintomas

Os sintomas da PFAPA geralmente aparecem antes dos 5 anos de idade e seguem um padrão previsível, o que pode ajudar no reconhecimento. As principais características são:

  •  Febre Alta e Repentina: A febre costuma ser o sintoma mais marcante, atingindo picos elevados e surgindo de repente, sem aviso prévio.

  •  Aftas Orais (Estomatite Aftosa): Pequenas feridas dolorosas na boca, que podem dificultar a alimentação e o desconforto da criança.

  •  Faringite (Dor de Garganta): Inflamação da garganta, muitas vezes com vermelhidão e dificuldade para engolir.

  •  Adenite Cervical (Linfonodos Aumentados no Pescoço): Gânglios linfáticos inchados e dolorosos na região do pescoço.

  • Além desses sintomas, a criança pode apresentar:

  •  Mal-estar geral

  •  Calafrios

  •  Dores musculares e nas articulações

  •  Dor de cabeça

  •  Dor abdominal

  •  Vômitos ou diarreia

É importante ressaltar que a criança se recupera completamente entre os episódios, e o crescimento e desenvolvimento são normais.

O Diagnóstico de PFAPA

O diagnóstico da PFAPA é feito principalmente por exclusão de outras doenças e pela observação dos sintomas característicos. Não existe um exame específico para confirmar a síndrome. O médico irá:

  •  Avaliar o histórico clínico: O padrão dos episódios de febre e os sintomas associados são cruciais para o diagnóstico.

  •  Exames de sangue: Durante os episódios de febre, exames podem mostrar sinais de inflamação, como aumento de proteína C reativa (PCR) e velocidade de hemossedimentação (VHS), além de um aumento no número de glóbulos brancos. No entanto, esses marcadores voltam ao normal entre os episódios.

  •  Descartar outras causas: É fundamental afastar outras infecções ou condições que possam causar febre recorrente, como infecções virais ou bacterianas, ou outras doenças autoimunes.

Se seu filho apresenta esses sintomas de forma recorrente, procure um pediatra ou um reumatologista pediátrico. O diagnóstico precoce e a compreensão da PFAPA podem trazer alívio para toda a família, permitindo um manejo adequado dos episódios e a garantia de que a criança tenha uma boa qualidade de vida.

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